Distúrbio mental caracterizado por depressão persistente ou perda de interesse em atividades, prejudicando significativamente o dia a dia.
As causas possíveis incluem uma combinação de origens biológicas, psicológicas e sociais de angústia. Cada vez mais, as pesquisas sugerem que esses fatores podem causar mudanças na função cerebral, incluindo alteração na atividade de determinados circuitos neuronais no cérebro.
As pessoas que possuem depressão costumam estar extremamente desanimadas e perder o interesse pelas atividades cotidianas que lhes eram agradáveis no passado. A tristeza sentida pelas pessoas saudáveis é em nível muito inferior ao sentido por pessoas depressivas já que aquele que sofre da doença é incapaz de abandonar tal sensação ao realizar suas atividades cotidianas.
Para diagnosticar alguém com depressão, são necessárias longas conversas e a avaliação dos sintomas por parte do psiquiatra. Os sintomas de depressão precisam estar ocorrendo diariamente, e há pelo menos duas semanas, para que o diagnóstico de depressão possa vir a ser o de transtorno depressivo maior. Essa doença pode se manifestar em qualquer idade, mas ocorre principalmente, na fase adulta.
O transtorno de estresse pós-traumático é uma desordem que acomete pessoas que passaram por alguma situação que tenha tido relação com morte e ou ferimentos, e que tenha desencadeado sentimentos relacionados ao medo, impotência ou horror.
É comum que vítimas de transtorno de estresse pós-traumático sonhem com algo relacionado àquilo que lhes causou o trauma, quando não impedem o sono. Esse é um nível de estresse que costuma causar mudanças comportamentais, sendo comum expressar sinais de irritabilidade, distanciamento e dificuldades de concentração.
As pessoas que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático necessariamente experimentaram alguma situação traumática, ao passo que, nem todos que vivenciaram algum trauma desenvolveram esse nível de estresse. Entre os homens, a causa mais comum é a violência da guerra. Entre as mulheres, o que mais desencadeia o trauma são experiências relacionadas a violência sexual.
Como não existe um modo preciso de diagnosticar alguém como vítima de estresse pós-traumático, existem métodos variados. Ao final da Guerra do Vietnã diversas maneiras de diagnóstico surgiram em função dos soldados que regressavam. Hoje, também existem avaliações de distúrbio cognitivo relacionado ao evento traumático.
Não existe medicação específica para esse transtorno, são utilizados, portanto, remédios indicados para outros tipos de transtorno, como aqueles para hipertensão, humor ou ansiedade. Já o tratamento psicológico varia de acordo com a linha psicológica que segue, mas seja cognitivo comportamental ou dinâmica, é sempre recomendada.
Transtorno bipolar é uma patologia psiquiátrica que provoca em um indivíduo alterações extremas de humor. A doença é caracterizada por duas fases distintas: a depressão e a euforia, também conhecida como mania. O paciente que sofre de transtorno bipolar apresenta oscilações entre as duas fases emocionais. As variações entre essas duas fases podem ser mais discretas ou extremamente abruptas.
Existem três tipos de transtornos bipolares eles variam em intensidade. O transtorno bipolar I tem como principal característica a predominância da fase maníaca, intercalada com fases de depressão leve. Nos momentos de mania, o paciente se mostra extremamente animado, com um humor anormal, eufórico e irritável. Perder o sono também é um sintoma comum dessa fase.
Nas fases da depressão ocorre o contrário, o paciente passa a dormir muito mais. Ele se sente desanimado e extremamente triste sem uma razão aparente. Tem baixa autoestima e dificuldade de se concentrar, perdendo o interesse em atividades que antes lhe davam prazer.
Aqueles que sofrem com o transtorno bipolar I, normalmente, são bastante sociáveis e promíscuos, se distraem fácil e possuem um fluxo de pensamento rápido com juízo crítico comprometido. Delírios e alucinações também podem ser sintomas.
O transtorno bipolar II é mais leve, com fases de depressão e mania mais moderados. Na mania, ou hipomania, os sintomas são semelhantes aos do tipo I, porém mais amenos. Os pacientes não percebem que estão doentes e acabam relativizando seus sintomas e se recusando a procurar ajuda.
No terceiro nível de bipolaridade temos o transtorno ciclotímico, que apesar dos sintomas semelhantes aos outros tipos apresenta uma instabilidade persistente. Nesse caso, as oscilações de humor podem ocorrer várias vezes em um mesmo dia.
O transtorno bipolar não pode ser diagnosticado por intermédio de exames físicos. Para identificá-lo, é necessário que o psiquiatra realize uma análise comportamental do paciente por meio de conversas com ele e com seus familiares.
Os transtornos de ansiedade abrangem formas patológicas de fobias ou condições nervosas que afetam severamente a rotina de alguém. Entre os transtornos psiquiátricos mais comuns estão a síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno de estresse pós-traumático.
A ansiedade, o nervosismo e a angústia são características comuns aos seres humanos. É trivial que ocorra diante de situações que causam algum tipo de medo, constrangimento ou ameaça. Mesmo assim, apesar parecidos, o medo comum e a ansiedade patológica não devem ser entendidos como sendo o mesmo problema.
As pessoas que passam por episódios de ansiedade apresentam, em algum grau, sintomas como cansaço e insônia, por exemplo. No entanto, quem sofre do transtorno de ansiedade demonstram incômodos de caráter físico, que incluem dores de cabeça, distúrbios intestinais e tensão muscular.
A grande diferença é que, mesmo em situações que não apresentem ameaça ou constrangimento, as reações do paciente podem vir a ser bem excessivas.
Cerca de 15% da população sofre de alguma variedade da doença. Estudos relacionados à área apontam o fator genético como algo determinante. Estima-se que mais da metade das pessoas que sofrem de doenças que envolvem ansiedade, têm na família de alguém com diagnóstico semelhante.
Na maioria dos casos, a psicoterapia, acompanhada dos medicamentos, pode ser a combinação ideal. Mudar certos costumes do dia a dia, como desenvolver o hábito de praticar exercícios físicos, pode colaborar para também atenuar o quadro de ansiedade no paciente.
O transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva, também conhecido como TOC, é caracterizado por pensamentos e medos irracionais (obsessões) que levam a comportamentos compulsivos. As compulsões são rituais ou ações que se tornam obrigatórios para quem tem TOC. Se determinada ação não é executada, a pessoa fica muito ansiosa. A repetição das ações é constante e mesmo quando a pessoa tem consciência de que essas ações não fazem sentido, não pode deixar de executá-las, pois precisa aliviar ou evitar a obsessão.
Algumas das compulsões mais frequentes:
▪ lavar as mãos
▪ verificar se a porta está trancada ou a válvula do gás está fechada
▪ questionar uma informação repetidamente para ver se está correta
▪ executar minuciosamente uma série pré-programada de atos para evitar que aconteça algum mal a alguém
O que pode causar?
No comportamento: comportamento compulsivo, comportamento ritualístico, movimentos repetitivos, repetição persistente de palavras ou ações, acumulação compulsiva, agitação, hiperatividade, hipervigilância, impulsividade, isolamento social, repetição sem sentido das próprias palavras ou vício comportamental.
No humor: ansiedade, apreensão, ataque de pânico, culpa ou descontentamento geral
Sintomas psicológicos: medo, depressão, narcisismo, obsessões sexuais ou repassando pensamentos repetidamente
Também comum: aversão à comida, pensamento acelerado ou pesadelos
Tanto as obsessões como as compulsões ocupam uma boa parte do tempo da pessoa, prejudicando ou dificultando seu dia a dia, por isso, necessitam de tratamento, que pode ser feito através de medicamentos e/ou psicoterapias.