Esta doença surge a partir de lesões nos nervos que causam problemas na comunicação do cérebro com o corpo. Entre os principais sintomas estão: perda da visão, dor, fadiga e dificuldade na coordenação motora. Assim, ao sinal de qualquer sintoma, o paciente deve procurar um neurologista com urgência.
Esta condição leva o paciente a ter uma vontade incontrolável de mexer as pernas. Na maioria das vezes este movimento involuntário ocorre durante a noite, causando distúrbios leves ou graves no sono. O tratamento para esta condição pode incluir a prática de exercícios físicos e o uso de remédios. Assim, é importante consultar o neurologista para saber qual o tratamento ideal para cada caso.
O que é enxaqueca?
A “enxaqueca” (também chamada de “migrânea”) é um tipo específico de dor de cabeça, que tem suas características bem conhecidas e que traz sofrimento a muitas pessoas.
Quais são os sintomas da enxaqueca
De maneira típica, a enxaqueca se apresenta com crises repetidas de dor de cabeça, latejantes e fortes, que frequentemente envolvem só um lado da cabeça. Muitas vezes elas são acompanhadas de intolerância a luz e ao barulho (as pessoas se refugiam em locais escuros) e também de muito enjoo ou mesmo vômitos. Em algumas pessoas as crises são precedidas por sintomas visuais ou formigamentos em um lado do corpo, a chamada aura.
Como é feito o tratamento para enxaqueca
Quando as crises não são muito frequentes, o tratamento de escolha é o uso precoce de medicamentos específicos. A escolha adequada desses é decisiva. Vai determinar se você terá ou não uma rápida redução de sua dor. Há medicamentos utilizados hoje que foram descobertos há mais de um século. Há outros, mais modernos, que atuam especificamente sobre os sistemas cerebrais que processam a dor. Seu médico vai orientar quais são as possibilidades, o momento de usar um ou outro remédio e quando cada um deles deve ser evitado. Quando as crises de enxaqueca se tornam muito frequentes, deve ser feito um outro tipo de tratamento, denominado “tratamento preventivo”. São medicações (e atitudes) que diminuem a frequência das crises e são usados diariamente por um determinado período. Estes remédios, que foram originariamente utilizados para outra finalidade (depressão, hipertensão arterial, convulsão), se mostraram eficazes também no tratamento da enxaqueca e adotados para isto. Em alguns pacientes a enxaqueca se transforma e eles passam a ter crises quase diárias. Nestes casos a qualidade de vida é muito comprometida. Resolver essa situação é mais difícil e envolve a participação de um médico experiente no tratamento das cefaleias. Este ajudará a reconhecer e evitar os gatilhos e como reverter o abuso medicamentoso. As opções de tratamento incluem, além dos preventivos, exercícios de relaxamento, terapia cognitiva.
A doença de Parkinson é uma das enfermidades neurológicas mais comuns. Lenta e progressiva, ela aparece geralmente a partir dos 60 anos de idade, mas também se manifesta em pessoas mais novas.
Causas da doença de Parkinson
A doença de Parkinson afeta os dois sexos e ocorre pela perda de neurônios responsáveis pela produção do neurotransmissor dopamina, em uma região do cérebro chamada substância negra. Embora sejam conhecidos alguns genes relacionados à doença, ela não é hereditária na maioria dos casos, e alguns desses genes favorecem o desenvolvimento da patologia de forma indireta e em conjunto com possíveis fatores ambientais, vírus, metais pesados, agrotóxicos, entre outros.
Sintomas da doença de Parkinson
Tremores;
Lentidão dos movimentos;
Enrijecimento dos músculos;
Instabilidade da postura;
Passos pequenos;
Alteração na fala;
Queixa do paciente de que “um lado do corpo não consegue acompanhar o outro”;
Perda ou diminuição na capacidade de sentir cheiros;
Distúrbios do sono;
Depressão;
Ansiedade; e
Alterações cognitivas.
Tratamento da doença de Parkinson
A doença de Parkinson é tratável e geralmente os sinais e sintomas respondem de forma satisfatória às medicações, que devem ser usadas pelo paciente por toda a vida.
Existem técnicas cirúrgicas para atenuar alguns dos sintomas da doença de Parkinson, mas elas devem ser indicadas caso a caso, quando os remédios falharem em controlar esses sinais.
Além de medicamentos, o tratamento do Mal de Parkinson inclui fisioterapia, fonoaudiologia, suportes psicológico e nutricional.
Acidente Vascular Cerebral (AVC) é definido como um comprometimento neurológico focal súbito com sintomas persistindo por mais de 24 horas, ou levando à morte, com provável origem vascular.
São considerados fatores de risco não modificáveis: idade, sexo e etnia.
Os modificáveis são aqueles cuja identificação, intervenção e tratamento podem evitar o primeiro evento cerebrovascular ou reduzir a recorrência. São fatores de risco modificáveis:
• Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).
• Dislipidemia (colesterol ou gorduras no sangue em níveis elevados).
• Desordens do metabolismo da glicose e diabetes.
• Aterosclerose intra e/ou extracraniana (enrijecimento das artérias por acúmulo de gorduras e colesterol).
• Fibrilação atrial (palpitações cardíacas).
• Cardiopatias valvares e não valvares (doenças cardíacas).
• Sobrepeso, obesidade e síndrome metabólica.
• Sedentarismo.
• Apneia obstrutiva do sono.
• Tabagismo.
• Alcoolismo.
Existem algumas atitudes que podem ajudar na prevenção dessas doenças. Assim, essas medidas são:
• Praticar exercícios físicos, ter uma alimentação equilibrada e consumir álcool com moderação.
• Realizar exercícios mentais para manter o cérebro ativo. Por exemplo: aprender instrumentos musicais, ler livros, jogos de memória, entre outros.
• Siga todas as normas de proteção no trânsito e em atividades esportivas. Por exemplo: uso de capacete.
• Consulte o neurologista com frequência. Afinal, existem doenças perigosas que podem não apresentar sintomas.
O neurologista vai fazer uma avaliação clínica de cada paciente para saber quais exames devem ser feitos. Por mais que uma pessoa não apresente sintomas de uma doença específica, é importante fazer os exames que o médico pediu, para a prevenção de muitas condições. Assim, o médico pode realizar o exame clínico durante a consulta que detecta diversas condições. Além disso, de acordo com o caso do paciente, pode pedir exames como os de imagem.
O tratamento de qualquer doença encontrada vai depender do diagnóstico do neurologista e do histórico do paciente. Assim, o médico pode receitar remédios e até mesmo indicar a realização de cirurgias e mudanças na alimentação e estilo de vida.
O estado mental (o nível de consciência do paciente e de interação com o ambiente) pode ser avaliado conversando com o paciente e estabelecendo sua consciência da pessoa, do lugar e do tempo.
A pessoa também será observada para uma fala clara e fazendo sentido ao falar. Isso geralmente é feito pelo profissional de saúde do paciente apenas observando o paciente durante as interações normais.
Isso pode ser testado fazendo com que o paciente empurre e puxe as mãos do profissional de saúde com os braços e as pernas.
O equilíbrio pode ser verificado avaliando como a pessoa fica de pé e andando ou fazendo com que o paciente fique de pé com os olhos fechados enquanto é gentilmente empurrado para um lado ou outro.
As articulações do paciente também podem ser verificadas simplesmente por movimento passivo (realizado pelo profissional de saúde) e ativo (realizado pelo paciente).
O profissional de saúde do paciente também pode fazer um teste sensorial que verifica sua capacidade de sentir. Isso pode ser feito usando diferentes instrumentos: agulhas cegas, diapasões, compressas com álcool ou outros objetos.
O profissional de saúde pode tocar as pernas, braços ou outras partes do corpo do paciente e fazer com que ele identifique a sensação (por exemplo, quente ou frio, cortante ou opaco).
Existem diferentes tipos de reflexos que podem ser testados. Em recém-nascidos e bebês, os reflexos chamados reflexos infantis (ou reflexos primitivos) são avaliados. Cada um desses reflexos desaparece em certa idade à medida que o bebê cresce. Esses reflexos incluem:
• Piscando: Uma criança fecha os olhos em resposta a luzes fortes;
• Reflexo de Babinski: À medida que o pé do bebê é acariciado, os dedos se estendem para cima;
• Rastejando: Se o bebê for colocado de bruços, ele fará movimentos de engatinhar;
• Reflexo de Moro (ou reflexo de susto): Uma mudança rápida na posição do bebê fará com que ele jogue os braços para fora, abra as mãos e jogue a cabeça para trás;
• Pega palmar e plantar: Os dedos das mãos ou dos pés do bebê se enrolam em torno de um dedo colocado na área.
Geralmente são examinados com o uso de um martelo reflexivo. O martelo reflexo é usado em diferentes pontos do corpo para testar vários reflexos, que são notados pelo movimento que o martelo causa.
Existem 12 nervos principais do cérebro, chamados de nervos cranianos. Durante um exame neurológico completo, a maioria desses nervos é avaliada para ajudar a determinar o funcionamento do cérebro:
• Nervo craniano I (nervo olfatório): Esse é o nervo do olfato. O paciente pode ser solicitado a identificar diferentes odores com os olhos fechados;
• Nervo craniano II (nervo óptico): Esse nervo leva a visão para o cérebro. Um teste visual pode ser feito e o olho do paciente pode ser examinado com uma luz especial;
• Nervo craniano III (oculomotor): Este nervo é responsável pelo tamanho da pupila e certos movimentos do olho. O profissional de saúde do paciente pode examinar a pupila (a parte preta do olho) com uma luz e fazer com que o paciente siga a luz em várias direções;
• Nervo craniano IV (nervo troclear): Esse nervo também ajuda com o movimento dos olhos;
• Nervo craniano V (nervo trigêmeo): Esse nervo permite muitas funções, incluindo a capacidade de sentir o rosto, dentro da boca, e mover os músculos envolvidos na mastigação. O profissional de saúde do paciente pode tocar o rosto em áreas diferentes e observar o paciente enquanto ele morde;
• Nervo craniano VI (nervo abducente): Este nervo ajuda com o movimento dos olhos. O paciente pode ser solicitado a seguir uma luz ou dedo para mover os olhos;
• Nervo craniano VII (nervo facial): Esse nervo é responsável por várias funções, incluindo o movimento do músculo facial e o paladar. O paciente pode ser solicitado a identificar sabores diferentes (doce, azedo, amargo), sorrir, mexer as bochechas ou mostrar os dentes;
• nervo craniano VIII (nervo acústico): Este nervo é o nervo da audição. Um teste de audição pode ser realizado no paciente;
• Nervo craniano IX (nervo glossofaríngeo): Este nervo está envolvido com o paladar e a deglutição. Mais uma vez, o paciente pode ser solicitado a identificar diferentes gostos na parte posterior da língua. O reflexo de vômito pode ser testado;
• Nervo craniano X (nervo vago): Este nervo é o principal responsável pela capacidade de engolir, reflexo de vômito, gosto e parte da fala. O paciente pode ser solicitado a engolir e uma lâmina com a língua pode ser usada para provocar a resposta gag;
• Nervo craniano XI (nervo acessório): Este nervo está envolvido no movimento dos ombros e pescoço. O paciente pode ser solicitado a virar a cabeça de um lado para o outro contra uma resistência moderada, ou encolher os ombros;
• Nervo craniano XII (nervo hipoglosso): O nervo craniano final é o principal responsável pelo movimento da língua. O paciente pode ser instruído a colocar a língua para fora e falar.
O paciente pode ser solicitado a caminhar normalmente ou em uma linha no chão.
O paciente pode ser instruído a bater os dedos ou o pé rapidamente ou tocar em algo, como o nariz com os olhos fechados.
A ultrassonografia transcraniana é realizada em pacientes de até 2 anos de idade. Ela serve para analisar as estruturas encefálicas em tempo real, ajudando no diagnóstico de diversas doenças neuropsiquiátricas.
Para isso, o examinador percorre o transdutor pela cabeça do paciente. O exame não exige preparação.
A angiografia por ressonância magnética mostra o fluxo sanguíneo nas veias e artérias. Durante o exame, o paciente permanece deitado em um equipamento semelhante a um túnel.
Entre os preparos, é preciso fazer jejum de 4 horas. Além disso, a pele deve estar limpa e sem nenhum produto corporal, assim como os cabelos precisam estar lavados e secos. Não é possível portar nenhum objeto metálico.
Pacientes que fizeram cirurgias neurológicas devem levar o laudo médico com a marca e modelo do material implantado. Isso é necessário para averiguar se não há incompatibilidade com o campo magnético da ressonância.
A angiotomografia de crânio (ou angiografia por tomografia computadorizada do crânio) permite diagnosticar doenças intracranianas, como um aneurisma. Ela é realizada com contraste iodado intravenoso e avental de chumbo.
É preciso fazer jejum de 4 horas e suspender o uso de medicamentos que contenham metformina nas 48 horas que antecedem o exame. Além disso, não é permitido portar joias ou bijuterias.
O eletroencefalograma (ECC) é um exame não invasivo, que registra a atividade elétrica cerebral espontânea. Serve para diagnosticar eventuais anormalidades neurológicas, as quais podem levantar a suspeita de epilepsia, doenças psiquiátricas etc.
Para fazer os traçados eletroencefalográficos, alguns eletrodos são colocados sobre a cabeça do paciente. Primeiramente, o ECC é feito em vigília, com o paciente acordado. Depois do registro do comportamento espontâneo, têm início as chamadas provas de ativação (incursões respiratórias forçadas e fotoestimulação intermitente).
Em relação aos preparos, o paciente deve comparecer ao exame bem alimentado. O cabelo deve estar limpo e seco (sem produtos finalizadores), para facilitar a colocação dos eletrodos.
Também é muito importante se privar, ao máximo, do sono na noite anterior ao exame. O paciente deve dormir, no mínimo, quatro horas a menos do que o habitual.