A falta de acompanhamento ginecológico faz com que o Brasil apresente altas taxas de mortalidade em decorrência do câncer de mama e do câncer de colo uterino, sendo que ambas são facilmente detectadas em estágios iniciais quando as pacientes mantêm os seus exames de rotina em dia.
Vale lembrar que, quando diagnosticados de forma precoce, essas doenças apresentam altas taxas de cura.
Todas as mulheres têm direito ao acesso à saúde integral, humanizada e de qualidade, livre de qualquer forma de preconceito ou discriminação.
A Clínica Já está de portas abertas para avaliar o seu caso de forma individual, com descrição, respeito e qualidade que você merece, marque uma consulta e mantenha a saúde em dia.
Confira abaixo as principais razões para manter a consulta com o ginecologista em dia:
Fatores de risco:
Não existe uma causa única para o câncer de mama, e sim fatores que podem aumentar o risco da doença, como:
• Idade; após os 50 anos, as mulheres se tornam mais suscetíveis a desenvolver a doença;
• Primeira menstruação antes dos 12 anos de idade e menopausa após 55 anos;
• Primeira gravidez após os 30 anos ou não ter tido filhos;
• Fumo;
• Consumo de álcool;
• Sobrepeso ou obesidade;
• Exposição frequente a raios-X;
• Histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário em parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tenham tido a doença antes dos 50 anos;
• Uso de terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por tempo prolongado; e terapia hormonal em mulheres transexuais e travestis.
Para reduzir os riscos, adote hábitos mais saudáveis como:
• Alimentação adequada e equilibrada, priorizando alimentos in natura e minimamente processados, e evitando alimentos ultraprocessados, associada a atividade física para auxiliar no controle do peso corporal;
• Manter-se ativa no dia a dia! É importante destacar que fazer qualquer atividade física, no tempo em que puder, é melhor que não fazer nada. Atividades como organizar e limpar a casa e brincar com as crianças, por exemplo, já contribuem para se ter um vida mais ativa. Mas é importante, também, inserir atividades físicas de forma sistemática no dia a dia, realizando, pelo menos, 30 minutos de atividade física, 5 dias por semana. Você pode caminhar, dançar, pedalar, dentre outras atividades.
• Parar de fumar.
• Evitar o consumo abusivo de bebidas alcoólicas.
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento. Em relação à avaliação das mamas recomenda-se:
Mulheres de 40 a 49 anos – realização do exame clínico das mamas por profissional da saúde, e realização de mamografia, somente se existir indicação da equipe de saúde.
Mulheres de 50 a 69 anos – realização do exame clínico das mamas por profissional da saúde e realização de mamografia de 2 em 2 anos, ou em intervalos menores, dependendo do resultado da mamografia anterior. Se você perceber alguma alteração na mama, procure a equipe de saúde mais próxima da sua casa.
Mulheres com elevado risco para câncer de mama (histórico familiar e/ou histórico pessoal de câncer de mama) – necessário avaliação e acompanhamento individualizado.
Para o tratamento de câncer de mama, o SUS oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos. O tratamento é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas. O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença.
Fique ligada!
As evidências científicas apontam que a realização de mamografias de rotina ou rastreamento (exame realizado quando não há sinais/sintomas suspeitos de câncer de mama nem história familiar que justifique a investigação) fora da faixa etária de 50 a 69 anos expõe as mulheres à radiação desnecessária e pode, ainda, levar a intervenções ou procedimentos que não trazem benefício à sua saúde. Esclareça suas dúvidas com a equipe de saúde quanto às medidas preventivas e ao acompanhamento de exames complementares e outros procedimentos necessários. Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima.
O câncer de colo do útero é a terceira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, com exceção do câncer de pele. O principal fator de risco para o desenvolvimento deste tipo de câncer é a infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo. A transmissão do HPV ocorre principalmente por via sexual, mas pode ocorrer por qualquer contato direto com a pele ou mucosa infectada.
Os sinais de infecção pelo HPV
Na maioria das vezes, a infecção não apresenta sintomas, mas no estágio avançado poderá ocorrer sangramento vaginal (espontâneo, após a relação sexual ou esforço) e dor pélvica.
Fatores de risco
Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de colo do útero. São eles:
• Não utilização de preservativos durante as relações sexuais;
• Outras infecções sexualmente transmissíveis;
• Baixa imunidade;
• Tabagismo.
Previna-se!
A primeira forma de prevenção do câncer de colo do útero está relacionada à diminuição do contágio pelo HPV, utilizando o preservativo em todas as relações sexuais.
Também são formas importantes de precaução do câncer de colo do útero:
• Cuidado com a higiene íntima;
• Vacinação, conforme a faixa etária;
• Realização do exame preventivo do câncer de colo do útero, para detecção de lesões ainda em fase inicial. O exame é ofertado pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde, e é a estratégia mais adotada para detecção da doença em mulheres de 25 a 64 anos que já tiveram algum tipo de atividade sexual. Mesmo as mulheres vacinadas contra o HPV devem realizar esse exame.
Para o tratamento do câncer de colo de útero, de acordo com o INCA, o tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico. Entre os tratamentos disponíveis no SUS, estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos.
Fique ligada!
A vacina oferecida pelo SUS confere proteção para 4 tipos de HPV. Está disponível para meninas na faixa etária de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e para pessoas de 9 a 26 anos, vivendo com HIV, transplantados ou em tratamento de câncer. Mesmo com a vacinação, o preservativo deve ser utilizado em todas as relações sexuais, tanto para prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis quanto para os outros tipos de HPV que não estão cobertos pela vacina e também na prevenção de gravidez indesejada.
O câncer de mama e o de colo de útero estão fortemente associados à fatores de risco tais como: alimentação não saudável, inatividade física, obesidade, dislipidemia (colesterol anormalmente elevado ou gorduras - lipídeos - no sangue), tabagismo e consumo de bebida alcoólica.
Algumas mudanças no dia a dia podem trazer muitos benefícios para a sua saúde. Começe escolhendo uma alimentação o mais natural possível, priorizando o consumo de alimentos como frutas, verduras, legumes, arroz, feijão, carnes, ovos e leite, por exemplo. Os alimentos ultra processados como biscoitos, sorvetes, pizzas, macarrão instantâneo, salsicha, refrigerantes, dentre outros, não são alimentos saudáveis, e é melhor evitá-los.
A atividade física contribui para a melhora da autoestima, para o bem-estar físico e mental e também para afastar o estresse, a depressão e o isolamento social. Opte por uma vida mais ativa no seu dia a dia, procure uma atividade que lhe proporcione prazer!
Procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência para se informar sobre as atividades e ações de promoção da saúde que são ofertadas.
Fonte: saude.mg.gov.br