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Mitos e verdades sobre os exames laboratoriais

Enfermeiro de luva segurando um recipiente com sangue dentro

Não é permitido fazer exame de imagem antes da coleta de sangue

Verdade! Devido à necessidade do uso de contraste, substância utilizada para melhorar os resultados das imagens, o indicado é que a coleta seja feita antes ou após 72 horas do exame de imagem.

É proibido ter relações sexuais um dia antes da coleta

Mito! Tanto homens quanto mulheres podem manter a atividade sexual normalmente, com exceção apenas para os exames de espermograma e PSA — investiga doenças relacionadas à próstata — no caso dos homens.

A menstruação interfere nos resultados do exame

Verdade! No período menstrual os hormônios sexuais ficam alterados, o que pode afetar o resultado de alguns exames que testam níveis hormonais. Apesar disso, a coleta pode ser realizada, pois, em muitos casos, o próprio laudo apresenta informações de referência que levam em consideração os diferentes períodos do ciclo.

É necessário adotar uma dieta mais saudável na semana anterior ao exame

Mito! A indicação é de que a alimentação normal seja mantida a fim de que os resultados obtidos não sejam falsos. Em alguns exames específicos, como no caso dos triglicerídeos, uma mudança de dieta na véspera leva a um resultado que não condiz com a realidade.

MITO – Os exames laboratoriais são responsáveis por grande parte do desperdício dos gastos na assistência à saúde.

VERDADE – Os resultados de exames laboratoriais apoiam cerca de 70% das decisões médicas.

MITO – Muitos exames laboratoriais, quando realizados para avaliação do estado da saúde de uma pessoa aparentemente saudável, apresentam resultados normais e, portanto, desnecessários.

VERDADE – Com o advento da medicina preventiva, os exames laboratoriais passaram a ter papel fundamental na avaliação do estado da saúde das pessoas e também na avaliação de risco para diversas doenças, como, por exemplo, a dosagem do colesterol total, frações e triglicérides para avaliação do risco cardiovascular. A utilização dos exames com esta finalidade tem grande impacto na detecção precoce e permite o tratamento muito antes do aparecimento de suas complicações. A prevenção, detecção precoce e o controle das principais doenças crônicas, tais como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias, câncer de próstata, câncer do colo de útero, entre outras, resulta na redução do custo da assistência à saúde e garante uma excelente qualidade de vida às pessoas por um período prolongado de sua vida.

MITO – Os laboratórios clínicos têm influência na quantidade de exames solicitados pelos médicos.

VERDADE – Os laboratórios clínicos recebem os pacientes com pedidos de exames solicitados pelos médicos e realizam apenas os procedimentos ali descritos.
Não têm influência na decisão médica em relação à quantidade ou tipo de exames a serem realizados. No entanto, é inegável o papel relevante do laboratório clínico em disseminar conhecimentos relativos à medicina laboratorial junto à comunidade médica, assim como assessorar o médico, quando solicitado a definir os exames mais adequados para um paciente, para fins de diagnóstico, acompanhamento clínico e também na interpretação dos resultados.

MITO – A realização dos exames é semelhante em todos os laboratórios clínicos. A única diferença perceptível está na qualidade do atendimento na recepção.

VERDADE – Laboratórios que participam de um programa de acreditação da qualidade geram maior segurança aos seus pacientes. Os programas de acreditação têm como foco assegurar a segurança dos pacientes por meio de controles de processos e práticas, tais como a utilização de painéis de indicadores, controles de qualidade e redução de riscos operacionais. Além disso, os laboratórios acreditados também primam pela sua preocupação em oferecer o melhor atendimento na recepção, sempre com foco na segurança do paciente.

MITO – Resultados de exames realizados no mesmo dia, em diferentes laboratórios, devem ser todos iguais.

VERDADE – Os exames laboratoriais são procedimentos de avaliação qualitativa ou quantitativa de determinados analitos que possuem variação conforme
a metodologia empregada e podem apresentar resultados divergentes entre diferentes métodos ou diferentes laboratórios. Os resultados representam uma “fotografia” do organismo em um dado momento. O método definido pelo responsável técnico do laboratório deve possuir uma avaliação de seu desempenho diagnóstico (sensibilidade, especificidade, valores preditivos etc) e analítico (coeficientes de variação, controle interno da qualidade etc). Os resultados laboratoriais devem ser interpretados em conjunto com os dados clínicos e sempre realizados por profissionais habilitados.

MITO – Só é necessário fazer exames laboratoriais para obter diagnóstico de doenças.

VERDADE – Os resultados dos exames laboratoriais também têm outras finalidades além do diagnóstico de doenças. São importantes, por exemplo, para a triagem de doenças e para a definição de seus fatores de riscos.

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